quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim

Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim &
Claus Orgerman, durante gravação
.
Fotografado por: Warner Bros. Records.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Bessie Smith (1894-1937)

Bessie Smith, 03 de Fevereiro de 1936.
Fotografado por: Carl Van Vechten.

Miles Dewey Davis III (1929-1991)

Miles Davis descansando de um take, 1955.
Fotografado por:Tom Palumbo.

King & Carter Jazzing Orchestra

King & Carter Jazzing Orchestra, Houston Texas, 1921.
Fotografado por: Robert Runyon

Edward Kennedy "Duke" Ellington (1899-1974)

Duke Ellington durante o concerto no Jahrhunderhalle
em Frankfurt - Alemanha, 06/02/1965.
Fotografado por: Dontworry.

1958 - Lady in Satin - Billie Holiday

Billie Holliday foi a melhor cantora de jazz de sua geração e, na opinião de seus admiradores e de muitos críticos, a melhor de todos os tempos. Eleanora Holiday nasceu no gueto negro de Baltimore. Sua certidão de nascimento nunca foi encontrada, portanto a data aceita de seu nascimento era a que ela costumada dizer: 07 de abril de 1915. Sua mãe, Sadie Fagan (13 anos) chamada Nora e seu pai, o guitarrista Clarence Holiday (15 anos), eram ainda adolescentes quando Billy nasceu. Foi Clarence quem lhe chamava de “Bill” por achar que ela se comportava como um garoto. Billie sofreu tudo o que se poderia esperar na vida de uma menina americana negra e pobre. Viveu com a mãe separada do pai, foi violentada por um vizinho aos dez anos e castigada por isso, sendo internada em uma instituição com “métodos correcionais” pré-medievais. Aos doze, trabalha lavando assoalhos e prestando serviços a dona de um prostíbulo onde ouve pela primeira vez discos de Louis Armstrong e Bessie Smith. Aos 14, já em New York e indignada com a posição de criada de sua mãe e com o racismo, cai na prostituição e enfrenta quatro meses de cadeia. Motivo: não querer satisfazer um chefe da máfia negra do Harlem. Em 1930, ameaçadas de despejo por dever 45 dólares ao senhorio, Billie sai à rua disposta a roubar ou matar se preciso. Assím começa a lenda de Billie. Percorrendo os bares do Harlem em busca de algum dinheiro, entra no Pod’s and Jerry’s oferecendo-se como dançarina. Um desastre. O pianista com pena pergunta se ela sabe cantar e Billie pede que que ele toque "Trav’lin All Alone" e em poucos instantes todos estão com os olhos grudados nela que sai do bar com cinquenta e sete dólares e um emprego com salário fixo. Três anos depois tendo cantado em vários lugares é assistida pelo produtor John Hammond, entra no estúdio em 27 de novembro de 1933 pelas mãos de Benny Goodman. Em 1935 já aparece cantando com a orquestra de Duke Ellington no filme "Symphony in Black, A Rhapsody of Black Life" e inicia uma frutífera parceria com o pianista Teddy Wilson, gravando mais de oitenta músicas em seis anos. No entanto suas experiências com as Big Bands entre 1936 e 1938 são amargas. Com Count Basie passa por vexames como pintar o rosto com graxa de sapato porque um empresário achou que sua pele era muito clara. Com a orquestra branca de Artie Shaw é muito bem tratada pelos músicos mas sente o racismo nas turnês pelo Sul. Cansada de tais humilhações volta para New York e mais uma vez pelas mãos de Hammond, consegue um bom contrato no Café Society de Barney Josephson. Em 25 de janeiro de 1937, Billie e o saxofonista Lester Young entram juntos pela primeira vez em um estúdio. Alguém escreveria que naquele dia “surgiu uma nova forma de poesia amorosa entre a voz humana e o instrumento musical”. Em quatro anos gravaram cerca de 50 canções, verdadeiras jóias repletas de swing, bom gosto, criatividade e cumplicidade que se estendia ao trompetista Buck Clayton. Lester a chamava de Lady Day e ela o apelidou de Prez (de presidente dos sax-tenores). A autobiografia (1956), escrita em colaboração com o jornalista William Dufty, foi chamada Lady sing the Blues. O título refere-se mais a sua infância infeliz e seu envolvimento com a heroína do que propriamente a sua música. Um fiasco. Sua carreira foi entremeada de entradas em hospitais e prisões à medida que o vício lhe trazia mais problemas. O filme Lady Sings the Blues (O caso de uma estrela), estrelado por Diana Ross (uma péssima interpretação), serviu somente para chamar a atenção do público sobre Billie. Diana não está bem no papel e a crítica não a poupou. Billie Holiday só ganhou a devida fama e respeito após sua morte, acontecida em 17 de julho de 1959, na Filadélfia, aos 44 anos vitimada de overdose e outras circustancias depresivas. Sua voz é uma marca única nas interpretações de centenas de preciosidades que deixou gravada. O albúm "Lady In Satin", seu melhor trabalho, hostenda o titulo referente ao luxuosos arranjos de cordas do maestro Ray Ellis com uma orquestração plausível a voz ainda mais rouca de Billy devido ao uso excessivo de heroina. Embalada em uma harmonia contagiante, o albúm oferece releituras de clássicos como: "I´m A Fool to Want You" (imortalizada na voz de Frank Sinatra) e "The End Of A Love Affair" (Edward Redding). Gravado em 19 e 21 de Fevereiro de 1958 para o selo Columbia Records e produção de Irving Towsend, "Lady In Satin" só foi lançamento em junho de 1958. Curiosamente no relançamento de 1997, agregou mais 04 faixas take matando um pouco a nostalgia.

Faixas:
01 - I’m a Fool to Want You
02 - For Heaven’s Sake
03 - You Don’t Know What Love Is
04 - I Get Along Wiyhout You Very Well
05 - For All We Know
06 - Violet for Your Furs
07 - You’ve Changed
08 - It’s Easy to Remember
09 - But Beaultiful
10 - Glad to Be Unhappy
11 - I’ll be around
12 - The End of a Love Affair

Musicos:
Billie Holiday - vocais
George Ockner - Violino e Concertmaster
David Sawyer - Violoncelo
Janet Putnam - Harpa
Danny Bank - Flauta
Phil Bodner - Flauta
Romeo Penque - Flauta
Mel Davis - Trompete
J.J. Johnson - Trombone
Urbie Green - Trombone
Tom Mitchell - Trombone
Mal Waldron - Piano
Barry Galbraith - Guitarra
Milt Hinton - Baixo Acustico
Osie Johnson - Bateria
Elise Bretton - Backing Vocais
Miriam Workman - Backing Vocais

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Boa audição - Namastê.

domingo, 8 de novembro de 2009

1962 - Voce ainda Não Ouviu Nada! - Sergio Mendes & Bossa Rio

"Topete era o que não faltava a Sérgio Mendes em novembro de 1962. Com apenas 21 anos, ele já tinha gravado um disco e despontava como menino prodígio por tocar jazz e bossa nova de modo bem particular, marcado pela versatilidade. Pianista talentoso e inventivo, ele teria viajado naquele mês de joelhos e com um terço na mão - por causa do medo que tinha de avião - para se apresentar no Carnegie Hall, Nova York, em homenagem à bossa nova. Tocaria ao lado dos grandes nomes do movimento brasileiro: João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e outros. Ao se reunir com os músicos e o organizador do evento, Sidney Frey, Sérgio não se intimidou e anunciou logo: ou ele e seu abririam ou fechariam o show e não acompanhariam ninguém. O show foi pontuado por gafes, mas o grupo de Sérgio ficou com a abertura e fez bonito. Tanto que levou o saxofonistasexteto Bossa Rio Cannonball Adderley a convidá-los para participar do seu disco Cannonball’s Bossa Nova. Dessa experiência resultaria também, pouco depois, um dos discos mais importantes da música brasileira, Você Ainda não Ouviu Nada! Com arranjos de Antônio Carlos Jobim e Moacir Santos, o título do album soava pretensioso. Era, porém, a síntese de uma obra marcante e ainda não devidamente contextualizada, que destacou a efervescência musical de Copacabana no começo de 1960. Naquele momento, a música brasileira dava continuidade a um processo de transformação iniciado seis anos antes, com suas casas noturnas e clubes de jazz. Quase quatro décadas depois, o disco de Sérgio Mendes e Bossa Rio sai pela primeira vez no formato CD, numa luxuosa edição da Dubas que inclui sobrecapa cartonada e encarte bilíngüe com a biografia de todos os músicos do sexteto. Trata-se de uma obra básica no instrumental da bossa nova. Na contracapa, Arino DeMattos Filho o anunciou como o "samba de sempre, mas um samba novo também". São dez faixas, quatro delas clássicos de Tom Jobim em parceria com Vinícius de Moraes ou Newton Mendonça: Ela é Carioca, Desafinado, Corcovado e Garota de Ipanema. A escolha do repertório não foi aleatória. Ao optar por grandes sucessos, Sérgio e sua turma queriam justamente mostrar a nova roupagem que queriam dar, com ênfase para os instrumentos de sopro - saxofone, clarinete e trombone. "A gente representava o lado mais apimentado da bossa nova, enquanto os outros faziam algo mais doce, minimalista, de bandinha", recorda o instrumentista, em entrevista a este jornal, de Los Angeles, por telefone. "Eu sempre gostei do lado instrumental do movimento e expressamos isso no disco." Misto de samba orquestrado com jazz, Você Ainda não Ouviu Nada! parece brincadeira de tocar música, tamanha a espontaneidade e o entrosamento dos solos de sopro e de piano. Desafinado e Ela é Carioca, por exemplo, trazem introduções insuperáveis que revelam todo o seu potencial melódico em versão inesquecível. O álbum, na verdade, foi um casamento raro e ideal de músicos, arranjadores e canções. Daí a sonoridade especial do disco, que sobrevive 40 anos depois, com surpreendente contemporaneidade. O instrumentista levou cinco meses entre reunir músicos, fazer os arranjos e gravar. O sexteto era formado por Sérgio, Tião Neto, conhecido contrabaixista; Edison Machado, baterista e criador do "samba de prato" e da batida no aro das caixas; os trombonistas Raul de Souza e Edson Maciel; o clarinetista argentino Hector Bisignani, (Costita para os íntimos) e o saxofonista Aurino Ferreira. Segundo Sérgio, o papel de Jobim nos arranjos foi muito importante. "Quando ouviu o grupo pela primeira vez, ele ficou bastante impressionado com a sonoridade. Comecei a freqüentar sua casa e passamos a fazer os arranjos juntos." No caso de Moacir, ele havia sido seu professor e aceitara o convite para participar. Sérgio lembra que o disco foi pensado para não parecer com uma jam session - na qual diversos instrumentistas improvisam em seus instrumentos. "Nas faixas, todo mundo tinha seu solinho, mas diferentes do jazz, marcado por solos longos." De acordo com o instrumentista, ele também procurou restringir as versões a pequenos solos para não ficar chato, sem improviso ou malabarismos. "Cada um dá o seu pequeno recado, mas que é importante no conjunto", ele justifica. Em todas as faixas, porém, predomina o uso de dois trombones. Seria, então, um disco de samba-jazz? Sérgio diz que nunca o definiu assim. Ele admite que o jazz estava muito presente - com ênfase para o virtuosismo de Edson Machado -, mas o fundamental era mesmo o samba. O jazz entrou apenas na parte do improviso. Em texto de 1964, Tom Jobim recordou a gravação de Você Ainda não Ouviu Nada! e seus primeiros contatos com a musicalidade de Sérgio Mendes. Jobim contou que passou a admirá-lo como um músico extraordinário por ser, ao mesmo tempo, intuitivo e estudioso de música. "Coisa rara, pois, geralmente, os intuitivos ficam apenas intuitivos e os estudiosos seguem estudiosos." O maestro descreveu a produção do LP como produto de mil noites sem dormir, café e cigarros. "Não sou profeta, mas creio que este disco, produto de muito trabalho e amor, abre novos caminhos no panorama da nossa música." Ao fazer uma obra marcante com apenas 23 anos, Sérgio Mendes se consagrava como um talento precoce para um gênero de música em evidência, com aceitação internacional como nunca acontecera em relação ao Brasil. Para ele, em particular, tinha o sentido da superação de quem teve um infância difícil, marcada por limitações de saúde. Filho de médico, natural de Niterói, Sérgio se viu obrigado a viver com um colete de gesso por causa de uma escoliose. A doença não o atrapalhou em seu aprendizado de piano. Fã de Stan Kenton e do pianista Horace Silver, estudou com Moacir Santos e trocou o clássico pelo jazz. Sobre Sérgio Mendes, Ruy Castro recorda em seu livro Chega de Saudade que contava-se, a família lhe raspava a cabeça quando tirava nota vermelha. Seu pai o educou com dinheiro controlado e como a mesada era curta, montou um trio com o amigo Tião Neto, da mesma cidade, que tocava contrabaixo. O terceiro membro, um baterista, era rotativo. No começo os três animavam bailes com jazz, um ritmo que não costuma despertar interesse dos dançantes. Valsa mesmo só sabiam Lover, de Rodgers e Hart. Mas seu talento de pianista se sobressaiu. Em 1960, começou a participar de canjas de bossa nova e jazz nas matinês de domingo no Little Club, considerado ponto de estréia para jovens e amadores. No Beco das Garrafas, ponto de concentração de bares que tocavam bossa nova, Sérgio montou um sexteto formado por talentos que se destacariam depois: Paulo Moura (sax-alto), Pedro Paulo (trompete), Durval Ferreira (guitarra), Otávio Bailly (contrabaixo) e Dom Um (bateria). Muitos outros grupos seriam formados por ele depois, inclusive três quartetos, num rápido processo de profissionalização que depois o destacaria internacionalmente como híbrido de jazz e música latina. Ambicioso e bem articulado, Sérgio tinha visão internacional e apostou em seu potencial quando se juntou aos maiores nomes da Bossa Nova na tumultuada apresentação no Carnegie Hall, em 1962, no show que serviria de diáspora para o movimento.
Sua aposta no mercado estrangeiro ganhou força no ano seguinte, após o lançamento de Você Ainda não Ouviu Nada! Durante 1963, o Bossa Rio excursionaria pelo Japão e França, agora como trio, com a participação de Nara Leão. A viagem foi patrocinada pela Rhodia. Mas a grande chance para redirecionar a carreira de Sérgio Mendes veio no ano seguinte, quando o Itamarati o convidou para organizar um grupo com o propósito de fazer uma turnê cultural pelo México e Estados Unidos. O instrumentista convidou Jorge Benjor (violão e vocal); Wanda Sá (vocal); Rosinha de Valença (violão); Tião Neto (contrabaixo); e Chico Batera (bateria). Com o fim da excursão, ele convenceu alguns músicos a ficarem na América. Em maio do mesmo ano, gravaria Bossa Nova York, com a participação de Jobim e grandes nomes do jazz como Art Farmer, Phil Woods e Hubert Laws. De modo curioso, Você Ainda não Ouviu Nada! ganhou o limbo da história da música brasileira. Até mesmo alguns dos livros mais profundos sobre a Bossa Nova e Tom Jobim não vão além da mera citação de seu título. Sua proposta também não teve continuidade e se tornou um momento único na discografia de Sérgio Mendes, uma vez que trazia uma série de diferenças em relação ao seu primeiro disco, de 1960, Dance Moderno, lançado pela Philips. Neste, predominava o piano, embora já tivesse Maciel no trombone. O repertório misturava música brasileira e americana: Oba-Lá-Lá (João Gilberto), Love For Sale (Cole Porter), Tristeza de Nós Dois (Maurício - Durval Ferreira - Bebeto), What is This Thing Called Love? (Cole Porter), Olhou Para Mim (Ed Lincoln - Silvio César) e Satin Doll (Duke Ellington), entre outras. O disco com o Bossa Rio, assim, deixou uma expectativa que não se cumpriu. Seu autor se tornaria um dos músicos brasileiros mais celebrados no exterior nas décadas seguintes. Nos EUA, Sérgio formou o conjunto Brazil 66 que gravou discos e fez turnês com muito sucesso. O álbum Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66 ultrapassaria a marca de um milhão de cópias, com o sucesso Mas Que Nada, de Jorge Benjor - a música chegou aos primeiros lugares das paradas de sucessos norte-americanas. Depois de tocar na Casa Branca, em 1967, Sérgio gravou vários discos, individuais ou com o conjuntos de conceituados músicos brasileiros que montou em diversas ocasiões. Sempre com o feeling de misturar ou combinar bossa nova, jazz e ritmos brasileiros populares. Em 1993 ganhou o prêmio Grammy na categoria World Music.. Continua a ser mais conhecido no exterior do que no Brasil. Ironicamente, seu lendário disco continua com seu título a provocar: Você Ainda não Ouviu Nada! Quem não o conhece, não faz a menor idéia do que está perdendo". Fonte: Gonçalo Junior - Gazeta Mercantil em 16-08-2002.
Curiosidade: Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza do ator Harrison Ford que participou de filmes de mais de 100 milhões de dólares de bilheteria foi carpinteiro de Sergio Mendes.

04 - Desafinado


Faixas:
01 - Ela é Carioca
02 - O Amor Em Paz
03 - Coisa #2
04 - Desafinado
05 - Primitivo
06 - Nanã
07 - Corcovado
08 - Noa Noa
09 - Garota de Ipanema
10 - Neurótico

Músicos :
Sérgio Mendes -Piano
Edison Machado -Bateria
Raul de Souza - Trombone
Edson Maciel - Trombone
Hector Costita -Clarinete
Sebastião Neto - Baixo acústico
Aurino Ferreira - Sax Tenor

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Boa audição - Namastê.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

1962 - Cannonball Bossa Nova & Sexteto Bossa Rio

Na onda da Bossa Nova nos anos 60, Cannonball Bossa Nova apresenta o encontro memorável do saxofonista Cannonball Adderley e o espetacular sexteto Bossa Rio do maestro Sérgio Mendes com a nata da música brasileira, incluindo as lendas Paulo Moura no sax, o propro Sérgio Mendes ao piano, Durval Ferreira na guitarra, o super baterista Dom Um Romão, além de outros grandes músicos. O samba jazz daquela época foi uma coisa bem revolucionária por misturar a música americana e o estilo mais solto do Brasil. A fusão genial do samba brasileiro com o jazz americano deixou profundas marcas na música americana mas infelizmente para nós a coisa não foi tão marcante. Caímos no ostracismo e o que deixou marca apenas ficou na lembrança de alguns músicos pingado. Cannonball's bossa nova foi lançado pelo selo Riverside. No ano seguinte, "Você ainda não ouviu nada",Sérgio Mendes e o seu sexteto foi considerado um clássico da bossa nova instrumental, contou com arranjos de Tom Jobim. Atuando no cenário artístico de 1962 a 1964, Mendes abraçou seu apogeu ao apresenta no Festival de Bossa Nova realizado em 1962 no Carnegie Hall (Nova York, EUA).

03 - Corcovado


Faixas:
01 - Clouds
02 - Minha Saudades
03 - Corcovado
04 - Batida Diferentes
05 - Joyce's Sambas
06 - Groovy Sambas
07 - O Amor Em Paz (Once I Loved)
08 - Sambops
09 - Corcovado (alternate take)
10 - Clouds (single version)

Musicos:
Cannonball Adderley - Sax. Alto
Sérgio Mendes - Piano
Durval Ferreira - Guitarra
Octavio Bailly, Jr. - Baixo Acustico
Dom Um Romão - Bateria
Pedro Paulo - Trompete
Paulo Moura - Sax. Alto

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Boa audição - Namastê.

Filtro Solar

"Senhoras e senhores da turma de 1983 - filtro solar. Nunca deixe de usar filtro solar. Se eu pudesse dar a vocês uma única dica para o futuro, diria:"Usem filtro solar". Os benefícios a longo prazo no uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência. Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiencias erante. Mais agora vou compartilhar esses conselhos com vocês. Eis aqui um conselho:desfrute do poder e da beleza de sua juventude.Oh, esqueça!Você só vai compreender o poder e a beleza de sua juventude quando já tiverem desaparecido.Mas acredite em mim:dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compreender agora, quantas oportunidades se abriram e quão fabuloso(a) você realmente era.Você não é tão gordo quanto você imagina.Não se preocupe com o futuro;ou se preocupe, se quiser,mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra simplesmente mascando chiclete.Os problemas que realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram por sua cabeça,como aqueles que tomam conta de você quando você não tem nada para fazer.Cante.Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável,e não tolere aqueles que ajam de forma irresponsável com os seus sentimentos.Relaxe.Não perca tempo com a inveja.Algumas vezes você ganha,algumas vezes você perde.A corrida é longa e,no final, você conta apenas consigo mesmo(a).Lembre-se dos elogios que recebe,esqueça os insultos(se conseguir fazer isso, diga-me como).Guarde suas cartas de amor.Jogue fora seus velhos extratos bancários.Alongue-se.Não se sinta culpado senão souber muito bem o que quer ser ou fazer da vida.As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham idéia,aos 22 anos, do que iam fazer na vida;outras, não menos interessantes,mesmo com 40 anos ainda não sabem.Tome bastante cálcio.Seja gentil com seus joelhos,você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.Talvez você se case, talvez não.Talvez tenha filhos, talvez não.Talvez se divorcie aos 40,talvez dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.O que quer que faça,não se orgulhe e nem se critique demais.Todas as suas escolhas têm 50% de chance de dar certo,assim como as escolhas de todos os demais.Curta seu corpo e use-o de todas as maneiras que puder.Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele.Seu corpo é o melhor instrumento que você possui.Dance.Mesmo que o único lugar que você tenha para fazer isso seja sua sala de estar.Leia todas as instruções,mesmo que não as siga.Não leia revistas de beleza,elas apenas farão você se sentir feio(a).Saiba entender seus pais.Você nunca saberá quando eles deixarão de viver.Seja amável com seus irmãos.Eles são o seu melhor vínculo com o passado e são aqueles que, muito provavelmente, no futuro,nunca te deixarão na mão.Entenda que os amigos vem e vão,mas que há uns poucos, preciosos,que você deve guardar com carinho.Trabalhe duro para superar distâncias e estilos de vida,pois à medida que você envelhece,mais precisa das pessoas que conheceu na juventude.More um tempo em São Paulo,mas mude-se antes que a cidade transforme você em uma pessoa indiferente.More um tempo no nordeste,mas mude-se antes de tornar-se uma pessoa mole demais.Viaje.Aceite certas verdades eternas: os preços sempre vão subir,os políticos são mulherengos, e você também vai envelhecer. E,quando você envelhecer, vai fantasiar que, quando você era jovem,os preços eram aceitáveis, os políticos tinham almas nobres e as crianças respeitavam os mais velhos.Respeite os mais velhos.Não espere apoio de ninguém.Talvez você tenha um investimento seguro,talvez tenha um cônjuge rico.Mas você nunca sabe quando um ou outro pode te deixar na mão.Não mexa muito com seu cabelo,ou quando você tiver 40 anos, terá a aparência de 85.Tenha cuidado com as pessoas que te dão conselhos,mas seja paciente com elas.Um conselho é uma forma de nostalgia:dar conselhos é uma forma de resgatar o passado da lata de lixo, limpá-lo, esconder as partes feias, reciclá-lo e vendê-lo por um preço maior do que realmente vale.Mas acredite em mim quando me refiro ao filtro solar."
Filtro Solar (Wear Sunscreen) Escrita por Mary Schmich e publicada no Chicago Tribune em 1997.