quarta-feira, 28 de abril de 2010

Billie Holiday & Louis Armstrong - The Blues Are Brewin'

Hotel For Colored

Mona Hinton, Ike Quebec, Doc Cheatham, Mario Bauza,
Shad Collins, Georgia - 1950.
Fotografado por: Milt Hinton

Jonah Jones (1909-2000) Andy Gibson (1913-1961)

Jonah Jones, Andy Gibson & Shad Collins,
New Orleans - 1941.
Fotografado por: Milt Hinton


Julian Edwin "Cannonball" Adderley (1928-1975)

Cannonball Adderley ,Recording Studio,
New York - 1958.
Fotografado por: Milt Hinton

Louis Daniel Armstrong (1901-1971) & Ron Carter (1934- )

Louis Armstrong & Ron Carter no Recording Studio (“We Have All the Time in the World” - trilha de James Bond), New York - 1970
Fotografado por: Milt Hinton

John Birks "Dizzy" Gillespie (1917-1993)

Dizzy Gillespie entre fans no Jazz Festival,
Nice, France - 1981.
Fotografado por: Milt Hinton

George Holmes "Buddy" Tate (1913-2001)

Buddy Tate no Downtown Sound Recording Studio,
New York - 1955.
Fotografado por: Milt Hinton

segunda-feira, 12 de abril de 2010

1995 - The Bridges Of Madison County - Clint Eastwood & Lennie Niehaus

Autor de pequenas obras-primas do cinema pós anos 2000 como Menina de Ouro e Sobre Meninos e Lobos, Clint Eastwood nunca irá perder sua imagem de cowboy de western spaguetti. Porém, por trás daquela pose de alguém que pode despejar o tambor de um revólver sobre o inimigo e ainda beber um brandy antes de deixar o saloon, há a alma de um homem bastante sentimental. Isso começou a surgir quando Eastwood filmou Bird, cinebiografia de Charlie Parker em 1988. Um cowboy contando a história de uma lenda do jazz? Algo estava errado. E ficou ainda mais "errado" quando Eastwood voltou ao Oeste e trouxe de lá Os Imperdoáveis, uma película de cowboy em plenos anos 90 que faturou Oscar de Melhor Filme e mostrou que mesmo no peito de quem segura uma espingarda de dois canos bate um coração.
Eastwood queria mais. Em Um Mundo Perfeito (1994), Clint fez de Kevin Costner um bandido foragido que seqüestra um menino, jogou um punhado de dólares sobre seu corpo (a cena final é arrepiante) e construiu uma amizade tocante aonde não deveria existir nada como se flores pudessem nascer no asfalto. O resultado é acachapante e abriu caminho para sua obra mais ousada até então: As Pontes de Madison. O que um cowboy sabe sobre o amor? Mais do que eu, você, e qualquer apaixonado pudéssemos imaginar. De natureza simples As Pontes de Madison desenha um romance absolutamente perfeito em sua imperfeição. O roteiro brinca com os minutos, arrastando as cenas, como se quatro dias pudessem ser mais importantes que uma vida inteira. E podem. E são. Pouco menos de 100 horas que valem uma eternidade, ou duas. Em As Pontes de Madison, Clint é Robert Kincaid, um fotógrafo da National Geografic que está no Iowa para fotografar antigas pontes cobertas, famosas na região, para uma reportagem da revista. Meryl Streep é Francesca Johnson, uma dona de casa que trocou a Itália pelo sonho de viver na América. Casou-se com um soldado e anos depois se vê criando os dois filhos do casal na paisagem bucólica de uma fazenda em que pouca coisa acontece e vive-se a vida porque se acorda todo o dia e não porque se têm sonhos. Perdido o fotógrafo pede informações na fazenda dos Johnsons mas a família foi para uma feira agropecuária e apenas Francesca está em casa. O que acontece após este esbarrão do destino é aquilo que a astrologia resume como "efeito urano": é quando uma pessoa faz uma "burrada" tão grande que detona a sua própria vida e a de outras pessoas. Bem, quase faz, e é neste fragmento do "quase" que reside a beleza deste filme. Nossos dois personagens desse épico romântico moderno passam quatro dias juntos, se apaixonam, descobrem uma certeza que só se tem uma vez na vida e são obrigados a escolher entre ficar ou fugir. A encruzilhada abre diversas possibilidades e questionamentos. O amor, tal qual o conhecemos, sobrevive a rotina? É possível ser feliz após ter detonado a vida de uma porção de pessoas para alcançar essa felicidade? O passado pode ser esquecido como se queimássemos uma folha de papel e jogássemos as cinzas pela janela? É possível amar e não estar com a pessoa amada? Essa história de alma gêmea é uma brincadeira divina (o homem lá de cima deve ser um cara extremamente divertido) ou podemos, num momento x de nossas vidas, encontrar uma pessoa que nos faça acreditar que caminhamos uma vida toda para chegar a este encontro?. Enquanto você matuta respostas, Robert e Francesca são condenados a viver o amor em silêncio. E não existe amor mais forte que este, pois "o amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente", e como carregar por toda uma vida um amor que só durou quatro dias? Amando. É cruel e inconcebível pensar assim mas apenas quem ama verdadeiramente pode entender que após encontrar a pessoa amada, o mundo ganha um novo significado e a vida se transforma em uma estrada de mão única cuja última e única parada é chamada apropriadamente de fim. O amor justifica a vida. Melhor sofrer por amor que viver sem amar, diria o poeta. Por mais vileza que seja amar em silêncio, não há como fugir desse destino. Porque só amando é que vamos correr o risco de sermos amados e, nesse fragmento de sorte, sermos eternamente felizes. No entanto, não se entra em uma história de amor para se ser infeliz, mas a infelicidade está incluída implicitamente na hora que compramos o pacote. Dói, eu sei, mas é só assim que você poderá ter a chance de guardar quatro dias inesquecíveis para se lembrar para o resto da vida. Pode parecer pouco, mas não é... acredite. Clint Eastwood abusa do direito de ser comovente em uma cena clássica: na chuva, Robert para no meio da rua enquanto o marido de Francesca que voltou com os filhos, faz compras. A cena se arrasta e Francesca segura a maçaneta da porta do carro com tanta força que deve ter sentido o objeto atravessar seu coração. Ela quer deixar o carro. Ela quer correr na chuva para o seu amado. Ela quer deixar a fazenda para trás, seus filhos, uma vida sem sonhos, mas a razão está ali despejando um mundo de motivos para que ela deixe o amor virar a esquina e partir para sempre, para longe de seus olhos, longe de seu corpo, mas não longe da alma. Ela se desespera, chora, e volta a viver porque viver é preciso, afinal, acordamos todos os dias a espera do fim. E com o fim, a crença no reencontro. Injusto? Não. O amor não tem nada a ver com justiça. O amor é maior que a vida. E talvez você entenda isso melhor quando tiver aquela certeza que nós só teremos uma vez na vida. Quando isso acontecer, tudo fará sentido. E amar em silêncio não será tão inconcebível. Porque enquanto o corpo sente falta do toque, a alma está totalmente completa. E, sabemos, um dia todos vamos ser apenas poeira no chão. Ou nos arredores de um ponte. As Pontes de Madison é uma adaptação do famoso romance The Bridges of Madison County de Robert James Waller, que supostamente é baseado em uma história real. Mais do que surpreender o espectador, que talvez nunca esperasse uma história de amor contada com tanta soberba e maestria por um dos heróis da classe western, As Pontes de Madison encanta por retratar o amor na idade adulta, quando pouco de nós espera alguma coisa a mais da vida, quando nossos sonhos de adolescência foram esquecidos, e a lembrança de que um dia sonhamos é algo que nos faz analisar e questionar toda uma existência. Quase ao final do filme, quando Francesca pede aos filhos que aceitem seu último desejo, dizendo que deu sua vida à família e quer deixar para Robert o que restou dela é impossível não entregar os pontos, as lágrimas, o coração e a alma para Clint Eastwood. Ele conseguiu algo que poucos conseguem: retratar o amor sem ser piegas ou cínico ou vingativo. E com isso, conseguiu filmar uma pequena obra-prima, mais uma de seu excelente currículo como cineasta, um filme que você precisa ver.
Indicado ao Oscar de Melhor Atriz (Meryl Streep) e ao Globo de Ouro de Melhor Filme - Drama e Melhor Atriz - Drama (Meryl Streep). A trilha sonora é marcante e chama de surpresa um filme de tamanha doçura e beleza. Como sempre o nosso herói durão sabe escolher bem o sentido das palavras sem letras e coloca nostalgia escolha de nomes sabrados do jazz bem como outros ritmos, perfazendo o que chamo de encantamento de nomes como: Johnny Hartman (Easy Living), Dinah Washington (Blue Gardenia) e Irene Kral (This Is Always). Fantástico e imperdivel aos amantes de uma boa pelicula regrada a um bom jazz. Fonte: Marcelo Costa e outros.

Ficha Técnica:
Título Original: The Bridges of Madison County
Gênero: Drama
Direção: Clinton Eastwood
Roteiro e adaptação: Richard LaGravanese, baseado em livro de Robert James Waller
Produção: Clint Eastwood e Kathleen Kennedy
Música: Clint Eastwood e Lennie Niehaus
Fotografia: Jack N. Green
Direção de Arte: Jay Hart
Figurino: Colleen Kelsall

Elenco:
Meryl Streep -Francesca Johnson
Clint Eastwood - Robert Kincaid
Annie Corley - Caroline
Victor Slezak - Michael Johnson
Jim Haynie - Richard Johnson
Sarah Kathryn Schmitt - Jovem Caroline
Christopher Kroon - Jovem Michael
Phyllis Lyons - Betty
Debra Monk - Madge
Richard Lage - Advogado
Michelle Benes - Lucy Redfield

Easy Living - Johnny Hartman


Faixas:
01 - Doe Eyes (Love Theme From The Bridges Of Madison County) - Lennie Niehaus
02 - I'll Close My Eyes - Dinah Washington
03 - Easy Living - Johnny Hartman
04 - Blue Gardenia - Dinah Washington
05 - I See Your Face Before Me - Johnny Hartman
06 - Soft Winds - Dinah Washington With Hal Mooney And His Orchestra
07 - Baby, I'm Yours - Barbara Lewis
08 - It's A Wonderful World - Irene Kral With The Junior Mance Trio
09 - It Was Almost Like A Song - Johnny Hartman
10 - This Is Always - Irene Kral With The Junior Mance Trio
11 - For All We Know - Johnny Hartman
12 - Doe Eyes (Love Theme From The Bridges Of Madison County) (Reprise)

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Boa audição - Namastê.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Edmond Gregory (Sahib Shihab - 1925-1989)

Thelonious Monk, Sahib Shihab, Count Basie & Coleman Hawkins,
Esquina Magazine Shoot, Harlem, New York - 1958
Fotografado por: Milt Hinton

Eddie Jones (1929-1997)

Count Basie & Ed Jones. Television studio sound of jazz program,
New York City - 1957
Fotografado por: Milt Hinton


Billie Holiday (1915-1959)

Billie Holiday & Count Basic, television studio, sound of jazz programa,
New York City - 1957
Fotografado por: Milt Hinton

Thelonious Sphere Monk (1917-1982)

Thelonious Monk, Lawrence Brow, Emmett Berry, Rex Stewart,
Count Basie & Dizzy Gillespie, Esquina Magazine Shoot,
Harlem, New York City - 1958
Fotografado por: Milt Hinton

William "Count" Basie (1904-1984)

Count Basie - Studio de Gravação, 1963 - New York, City
Fotografado por: Milt Hinton

quinta-feira, 8 de abril de 2010

1955-57 - Miscellaneous - Miles Davis

"Mas quando menos esperava ouvi os tiros e senti a ferroada no flanco esquerdo. O cara deve ter disparado cinco tiros contra mim, mas eu usava um blusão de couro meio folgadão. Não fosse esse blusão de couro e o fato de terem atirado através de uma Ferrari reforçada, eu estaria morto. Fiquei tão espantado que nem tive tempo de ter medo. Nenhuma das balas pegou em Marguerite, e fiquei feliz por isso, mas a coisa quase a mata de medo. Entramos eu chamei a polícia e eles vieram – dois caras brancos – e revistaram meu carro, embora fosse eu quem tinha levado os tiros. Depois disseram ter encontrado um pouco de maconha no carro e nos levaram pra delegacia. Mas nos soltaram sem fazer acusações, porque não tinham provas. Ora, todo mundo que me conhece sabe que nunca curti maconha, jamais gostei de fumá-la. Eles simplesmente não gostaram de ver um cara negro num carro estrangeiro caríssimo, com uma mulher tão bonita. Não souberam o que pensar. Quando olharam minha ficha, acho que viram que eu era músico e tivera problemas com drogas no passado, por isso tentaram me empurrar alguma coisa só de farra. Talvez achassem que conseguiriam uma promoção dando um flagrante num negro famoso. Fora eu quem chamara a polícia; se estivesse com a droga em cima, teria me livrado dela antes deles chegarem. Não sou tão louco assim. Ofereci uma recompensa de 5 mil dólares por qualquer informação sobre quem atirara em mim. Poucas semanas depois, estava sentado num bar do subúrbio, quando apareceu um cara e disse que o cara que atirara em mim fora morto por alguém que não gostara do que ele fizera comigo. Não sei o nome do cara que me contou isso, nem ele me disse o nome do pistoleiro que estaria morto agora. Só sei que o cara me contou e jamais tornei a vê-lo depois disso. Mais tarde descobri o motivo: alguns empresários negros do Brooklyn não estavam gostando que os empresários brancos pegassem tantos contratos. Quando eu toquei no Blue Coronet naquela noite, eles acharam que eu estava sendo um babaca por não entregar a programação aos empresários negros. Ora, eu simpatizo com os negros discriminados. Mas ninguém me dissera nada, e lá estava um cara tentando me matar por alguma coisa da qual eu não sabia. Cara, a vida é uma merda às vezes. Durante algum tempo depois disso, eu levava um soco inglês a toda parte, até ser preso cerca de um ano depois em Manhattan por não ter o adesivo de registro no carro, e o soco inglês caiu de minha bolsa quando a polícia me revistou. Eu admito que não tinha adesivo no carro e que o carro nem estava registrado. Mas os tiras no carro-patrulha não podiam ver isso do outro lado da rua quando deram a volta e se aproximaram. Também aqui, o motivo de pararem e voltarem era que eu estava em minha Ferrari vermelha, usando um turbante, calças de pele de cobra e casaco de pele de carneiro, com uma mulher realmente linda – creio que era Marguerite de novo – diante do Plaza Hotel. Os dois caras brancos que viram isso provavelmente me acharam com cara de traficante e por isso voltaram. Desnecessário dizer que fosse eu uma pessoa branca sentada naquela Ferrari eles teriam ido cuidar de sua vida.” Miles Davis – a Autobiografia - Miles & Quincy Troup (pps. 222 a 269)

06 - Walkin'


Faixas:
01 - Inrtoduction by Duke Ellington
02 - Hackensack
03 - Round About Midnight
04 - Now's The Time
05 - Four
06 - Walkin'
07 - Lady Be Good
08 - All Of You
09 - Four
10 - Yesterdays
11 - Round About Midnight
12 - Walkin'

Jan Session - Freebody Park, Newport - RI, 14 de Julho de 1955
Miles Davis – Trompete
Zoot Sims – Sax Tenor (Tracks 1-4)
Gerry Mulligan – Sax Barito (Tracks 1-4)
Thelonious Monk – Piano (Tracks 1-4)
Percy Heath – Baixo Acustico (Tracks 1-4)
Connie Kay – Bateria (Tracks 1-4)

Live at the Kongresshaus, Zürich - Switzerland, 19 Novembro de 1956
Lester Young – Sax Tenor (Tracks 5-6-7)
Rene Urtreger – Piano (Tracks 5-6-7)
Pierre Michelot – Baixo Acustico (Tracks 5-6-7)
Christian Garros – Bateria (Tracks 5-6-7)

Rec. at Birdland, NY, 17 & 30 Outubro de 1957
Bobby Jaspar – Sax Tenor (Tracks 8 & 9)
Tommy Flanagan – Piano (Tracks 8 & 9)
Paul Chambers – Baixo Acustico (Tracks 8 & 9)
Philly Joe Jones – Bateria (Tracks 8 & 9)

Rec. at the Beethoven Saal - Stuttgart, Germany, 18 de Dezembro de 1957
Peter Witte – Baixo Acustico (Tracks 10-12)
Herman Mutschler – Bateria (Tracks 10-12)
Erwin Lehn – cond. (Tracks 10-12)

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Boa audição - Nanastê.

terça-feira, 6 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

1966 - Depois Daquele Beijo - Blow up - Herbie Hancock

É raro musica de jazz se tornar trilha sonora de um longa bem como ter a frente um musico de gabarito reconhecível e de uma estrutura composta a sua criação musical. Blow - Up (Depois Daquele Beijo) é
uma daquelas trilha sonora que na verdade o cenifilo não faz idéia de
quem seja a musica composta para o filme de Michelangelo Antonioni lançado em 1966 pela MGM Records. O álbum conta com a criação de Herbie Hancock junto com figuras lendarias como: Freddie Hubbard, Joe Newman, Phil Woods, Joe Henderson, Jim Hall, Ron Carter e Jack DeJohnette. Embora Jimmy Smith é creditado com a reprodução de órgãos no álbum algumas fontes afirmam que foi Paul Griffin, que esteve presente nas sessões inteira de gravação. A trilha inclui "Stroll On", uma regravação de Tiny Bradshaw de Train Kept A-Rollin, originalmente gravada em 1951 pelo Yardbirds com Jeff Beck & Jimmy Page nas guitarras e nos vocais. O encarte de lançamento em 2000 indicam que Hancock gravou o suas primeiro gravações em Londres com músicos britânicos mas rejeitou os resultados e re-gravou as mesmas música em
Nova Iorque com músicos de jazz norte-americana. Roteiro é do proprio Michelangelo Antonioni e Tonino Guerra, baseado no conto novelistico "Las babas del Diabo", do escritor Belga-Argentinoe Julio Cortázar.

Sinopse:
A nova linguagem usada nesse suspense pelo diretor italiano Michelangelo Antonioni marcou a década de 60. Rodado na Inglaterra, o filme é carregado de simbolismos e chega quase a ser hermético. O enredo enfoca o envolvimento de um fotógrafo em um crime que ele descobre ao ampliar fotos feitas em um parque o que parece ser ser um cadáver escondido nos arbustos. Obcecado ele começa a investigar e se vê envolvido em situações bizarras. Ele tenta elucidar o caso cercado de mistério sem temer eventuais riscos. A produção cuidadosa tem referência dos anos 60, realçadas pela participação da modelo Verushka. Antonioni baseou livremente a narrativa de Blow Up (uma expressão que traduzida livremente, pode significar “ampliação fotográfica”) em um conto do escritor argentino Julio Cortázar. O contista inclusive aparece nos filmes; ele é um dos mendigos retratados na série de fotos que o protagonista, o fotógrafo de moda Thomas (David Hemmings), prepara para um livro. O longa-metragem é pesado, hermético e quase não tem diálogos. É um passo firme de Antonioni para retratar o homem como um ser cujo livre-arbítrio é uma ficção, uma teoria irrealizável, pois não existe discurso ou ação que consiga praticar capaz de livrar-lhe do tédio, das amarras sociais, e em última instância da própria noção de felicidade. A felicidade, parece dizer Antonioni, só pode ser encontrada fortuitamente, em breves instantes, e logo desaparece. Embalado por uma trilha discreta do jazzman Herbie Hancock, é um conjunto de seqüências antológicas. O ensaio de Thomas com a linda modelo Verushka na abertura; o quase sinfônico movimento de Thomas para fotografar o casal no parque; o posterior jogo de sedução entre Thomas e a desconhecida; a frenética cena da revelação do filme; a furiosa performance do grupo Yardbirds (com dois futuros ícones do período, Jimmy Page e Jeff Beck, dividindo o palco); tudo isso compõe um admirável e coeso mosaico cinematográfico da melhor qualidade. E tudo culmina como uma linda e poética seqüência de jogo de tênis imaginário que, de certa forma, resume toda a filosofia por trás do filme.

Elenco:
Vanessa Redgrave - Jane
Sarah Miles - Patricia
David Hemmings - Thomas
John Castle - Bill
Jane Birkin - Garota loira
Gillian Hills - Garota morena
Peter Bowles - Ron
Veruschka Lehndorff - Herself

Direção: Michelangelo Antonioni
Produção: Carlo Ponti
Fotografia: Carlo Di Palma
Música: Herbert Hancock

Prêmios:

- Festival de Cannes - Palma de Ouro (Michelangelo Antonioni)
- Sindicato dos Críticos de Cinema da França - Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
- Sindicato Nacional dos Críticos de Cinema da Itália - Prêmio de Melhor Direção de um Filme Estrangeiro

Indicações:

- Oscar - Indicado aos Oscars de Melhor Direção e de Melhor Roteiro Original
- Academia Britânica - Indicado aos Prêmios de Melhor Filme Britânico, Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte Britânica
- Globo de Ouro - Indicado ao Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira.


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Faixas:
01 - Main Title from "Blow-Up"
02 - Verushka (Part 1)
03 - Verushka (Part 2)
04 - The Naked Camera
05 - Bring Down the Birds
06 - Jane's Theme
07 - Stroll On (Yardbirds)
08 - The Thief
09 - The Kiss
10 - Curiosity
11 - Thomas Studies Photos
12 - The Bed
13 - End Title "Blow Up"


Musicos:
Herbie Hancock - pianop
Freddie Hubbard - Ttrumpete
Joe Newman - Trumpete
Phil Woods - Sax Alto
Joe Henderson - Sax Tenor
Jimmy Smith - Orgáo
Paul Griffin - Orgáo
Jim Hall - Guitarra
Ron Carter - Baixo Acustico
Jack DeJohnette - Bateria

Músicos da faixas 7 com performasse da banda The Yardbirds
Jeff Beck - Guitarra
Jimmy Page - GuitarRA
Keith Relf - Harmonica & vocais
Jim McCarty - Bateria
Chris Dreja - Baixo Eletrico




Boa audição - Namastê.